Dia 18 de agosto, sábado, foi um dia ensolarado iluminado não só pelo astro rei, mas por todas as pessoas, ideias e estéticas visualizadas e discutidas como parte das atividades de encerramento da exposição “Afro Retratos”, de Renata Felinto.
Das 10h às 12h da manhã, crianças com idades entre 04 e 12 anos, moradoras da Ocupação São João, localizada na avenida de mesmo nome, visitaram a exposição e experimentaram os materiais disponibilizados pela equipe do projeto e, encontrados nas obras de Renata Felinto, tais como: lantejoulas, máscaras de estêncil, dentre outros.
Elas ficaram absolutamente maravilhadas com as várias possibilidades de recursos, para além dos conhecidos e manjados lápis de cor e giz de cera.
Na parte da tarde, recebemos a ilustre visita de meninas que cumprem medidas sócio-educativas da unidade da Fundação Casa de Taipas. Foi muito bom recebe-las e conversar sobre o tema da exposição: cidade, identidade e feminilidade.
Mais tarde, das 16h30 às 18h, ocorreu a mesa redonda “A presença da mulher negra e afrodescendente como protagonista da cena estética contemporânea”, sob a mediação do curador e cientista social Alexandre Araujo Bispo e tendo como convidadas a dançarina e antropóloga Luciane Ramos e a performer e atriz Michelle Mattiuzzi.
Ambas apresentaram parte de seus trabalhos e, em seguida, desenvolveu-se uma conversa sobre estes lugares ocupados por mulheres negras que são artistas: quando elas colocam as suas identidades nos trabalhos de arte? Por que colocam? É necessário? Qual seria a diferença entre se posicionar identitariamente ou não?
A poeta Tula Pilar participou ativamente das discussões juntamente com outros participantes.
Estamos muito contentes com este fechamento e, mais do que nunca, Cubo Preto compreende que não há arte se não há ação social e formação de público.
Agradecemos imensamente ao II Prêmio Nacional Expressões Culturais Afro-Brasileiras pela oportunidade!